Abordagem positiva, diálogo e aprendizado são algumas das lições que você pode tirar de situações que, a princípio, são encaradas apenas como um problema.
Os conflitos empresariais são parte inevitável do dia a dia das empresas. Onde há pessoas, há conflitos, em maior ou menor grau. Entretanto, saber como transformar conflitos em oportunidades pode se tornar um diferencial significativo em uma gestão.
As razões pelas quais os conflitos ocorrem são muitas e vão desde a frustração das nossas expectativas com relação aos outros até mesmo às formas diversas de pensamento. Nem sempre que há uma rusga entre alguém isso significa que as duas partes estão em campos completamente opostos. Muitas vezes, apenas alguns pequenos detalhes separam um acordo de um processo judicial.
Existe uma maneira de transformar esses pontos de desequilíbrio e as desavenças em um processo benéfico para a empresa? A resposta é “sim”. Conheça algumas das oportunidades que a sua companhia pode estar perdendo por agir de maneira intransigente em algumas situações.
As relações empresariais são feitas por pessoas. No entanto, tendemos a personificar as negociações e, da mesma forma, os conflitos. Muitas vezes, somos intransigentes com relação a um determinado ponto de discussão não apenas por ele não ser de interesse para as empresas, mas porque as relações entre os seus porta-vozes podem estar desgastadas.
Em uma relação empresarial, a busca pela cooperação deve pautar os objetivos em comum. Um bom negócio é aquele em que ambas as partes saem ganhando e com perspectivas de novas transações pela frente. Tentar ganhar a todo custo ou fazer negócios com quem está mais interessado em “derrotá-lo” do que em chegar ao um denominador comum certamente não será benéfico para os envolvidos.
Por quais razões um conflito acontece? Muitas vezes, as desavenças ocorrem baseadas em impressões ou em expectativas frustradas, características que foram criadas apenas por uma das partes. Ao analisar os motivos que levaram uma negociação a resultar em conflito, é preciso ser racional e tentar buscar a origem do problema.
Por um instante, procure suspender os julgamentos de valor e mantenha o foco em entender as razões pelas quais o outro lado tomou determinado posicionamento. Pode ser que, sob a perspectiva do seu opositor, essa tenha sido a coisa certa a se fazer. Chama-se empatia a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender as suas decisões. Será que você consegue desenvolver essa característica?
Muitos conflitos ocorrem em decorrência de um mal-entendido. Uma comunicação da sua parte que dê margem a uma dupla interpretação, por exemplo, pode resultar em uma situação estressante do ponto de vista contratual. No entanto, por mais que possa existir algum tipo de má-fé da outra parte, esse não deixa de ser um momento de reavaliação.
Será que os seus processos não podem ser melhorados visando evitar que situações como essas se repitam? Reavalie cada passo, reveja comunicados e contratos e dialogue com seus parceiros de confiança perguntando as impressões deles sobre os seus processos. Isso não significa que a culpa é necessariamente sua, mas na maioria das vezes há espaço para melhorias.
Um conflito que se arraste por muito tempo passa a ser nocivo para todos os envolvidos. Além do tempo dispendido, há também um possível acirramento do ânimos e até mesmo a hipótese de longas e onerosas disputas judiciais. Convenhamos, nada disso é produtivo e só faz com que o foco da sua empresa se disperse do objetivo principal do negócio.
Ser proativo nessas horas pode ser a solução. Depois de passar pelas etapas acima, avalie os resultados e procure compor uma proposta que seja boa para ambas as partes no sentido de resolver o conflito. Pode ser que você tenha que abrir mão de alguns valores ou que o cliente não queira mais fazer negócios com a sua empresa.
Contudo, isso tudo pode ter um custo menor e ser menos desgastante do que conflitos que se arrastem indefinidamente. Você está pronto para dar esse passo?